Esse vídeo-dança faz parte de minha monografia, A Moça de Di Cavalcanti: diálogos intersemióticos entre pintura, dança e audiodescrição, corporificando as palavras para o público surdocego. Esse trabalho foi apresentado pela Universidade Federal de Juiz de Fora/MG com a orientação da professora Dra. Amanda Tojal e na banca professora Dra. Lívia Motta e a professora Bell Machado.
Gostaria de compartilhar com todos o resumo desse trabalho de pesquisa:
Aguçar todos os sentidos, envolver-se pela música, a audiodescrição vai trazer sentido aos gestos e movimentos, a palavra descrita pela fala ou pelas mãos que interpretam. Tocar a personagem, revelar a obra no espaço, criar sua própria interpretação do tema. A moça de Di é uma performance de dança que faz parte de um projeto de parceria com a exposição “Sentir prá Ver”. Foi selecionada a pintura Sem título de Di Cavalcanti (Rio de Janeiro, 1897-1976), que é uma das 14 reproduções fotográficas de obras pertencentes à Pinacoteca do Estado de São Paulo. A exposição inclui como recurso de acessibilidade a audiodescrição mediadora das pinturas, isto é, a audiodescrição que estimula a exploração e interpretação das obras selecionadas. Essas reproduções são acompanhadas de outros meios acessíveis como forma de facilitar a compreensão das obras, como: palavras-chave, poesias, reproduções tridimensionais e bidimensionais e pranchas compostas por figura/fundo em alto-contraste. A performance representando a pintura será mais uma forma de traduzir uma obra de arte por meio da experiência concreta, corporificando a palavra para o público. Foi convidada para essa apresentação uma instituição que atende surdocegos e pessoas com múltiplas deficiências da cidade de São Paulo, sendo selecionadas duas surdocegas adultas para participar da pesquisa, levando em
consideração que uma usa aparelho auditivo e é cega e outra, com perda auditiva profunda e baixa visão, utiliza a Libras Tátil (Língua Brasileira de Sinais). Com base nos dados coletados através de fotografia e vídeo foi realizado um estudo de caso. Para a análise dos dados utilizarei as ferramentas
de audiodescrição de dança descritas por Snyder, fundamentadas no Laban Movement Analysis (LMA). Pretendo demonstrar que a utilização da audiodescrição da dança e a vivência da corporificação da obra pelo surdocego através de sua performance irá somar à compreensão da pintura propriamente dita, sendo assim mais um importante recurso de acessibilidade que poderá ser utilizado em exposições, apresentações de dança e no campo das artes cênicas e visuais de forma geral.
consideração que uma usa aparelho auditivo e é cega e outra, com perda auditiva profunda e baixa visão, utiliza a Libras Tátil (Língua Brasileira de Sinais). Com base nos dados coletados através de fotografia e vídeo foi realizado um estudo de caso. Para a análise dos dados utilizarei as ferramentas
de audiodescrição de dança descritas por Snyder, fundamentadas no Laban Movement Analysis (LMA). Pretendo demonstrar que a utilização da audiodescrição da dança e a vivência da corporificação da obra pelo surdocego através de sua performance irá somar à compreensão da pintura propriamente dita, sendo assim mais um importante recurso de acessibilidade que poderá ser utilizado em exposições, apresentações de dança e no campo das artes cênicas e visuais de forma geral.
Palavras-chave:
Pintura de Di Cavalcanti. Dança. Audiodescrição. Surdocego. Laban. Corporificação das palavras.