XVI EDYCJA KONFERENCJI REAH FOR THE BLIND IN POLAND.

My nie widzimy nic, a Wy – czy widzicie nas?”
Nós não vemos nada e você nos vê?
A Conferência REHA FOR THE BLIND IN POLAND, aconteceu em Varsóvia, entre 13 à 15 de Outubro e teve como uma de suas ações uma manifestação pública na frente ao parlamento. Estavam presentes os conferencistas, pessoas do Instituto de Cegos Laski e que apoiam a causa da luta da pessoa com deficiência visual.
Foi uma honra ter participado como única representante pesquisadora brasileira e da América Latina de uma mesa redonda sobre Audiodescrição em Arte e Acessibilidade, apresentando minha pesquisa: Relações Intersemióticas entre Pintura, Performance e Audiodescrição. Também realizei a performance apresentando sobre audiodescrição mediadora e suas relações poéticas nas artes.

Segue a apresentação em polonês do Anais do Congresso:

Audiodeskrypcja tańca: Czy słyszeli Państwo o takiej dziedzinie? Jest to bardzo mało spotykana dziedzina kultury, którą zajmuje się na świecie bardzo niewiele osób. Będziemy go- ścili Daniellę Forchetti - artystkę badacza, edukatora sztuki, audiodeskryptora i audiofonolo- ga, doktorantkę na wydziale sztuk scenicznych uniwersytetu stanowego UNICAMP w Brazylii.

Descrição da Foto: Daniella está debruçada com os braços cruzados sobre uma mesa com um tecido. Um surdocego toca no braço da intérprete com uma mão, na outra segura uma bengala. Ao lado esquerdo do intérprete sua guia e tradutora do evento. Ao lado, pessoas sentadas na plateia.

Descrição: Banner da Conferência com fundo branco escrito em azul e cinza SZANSA 25 LAT, Fundacja Szansa dla Niewidomych Chance for the Blind Foundation. Abaixo uma faixa azul em branco: XVI EDYCJA KONFERENCJI REAH FOR THE BLIND IN POLAND. Símbolo da Fundação é um boneco azul segurando um grande coração.

Laboratorio Movimento nella Prima Infanzia - Itália.

A convite do Projetti Sonori, realizei o Laboratorio Movimento nella Prima Infanzia, um encontro especial compartilhando sobre arte e inclusão na Primeira Infância para educadores, em Turim, no mês de Outubro. Contamos com a participação de mais de 45 educadores de várias regiões da Itália. Foram momentos de imersão e possibilidades de pensar a arte para todos como uma ferramenta de inclusão escolar.

Descrição da Foto: Um grupo de educadores dança de pé segurando um grande tecido colorido (parachute) balançando com uma mão e tocando a outra no ombro da pessoa da frente em roda com os olhos fechados. No chão, sentados em volta, temos outros educadores com instrumentos musicais tocando e cantando.

Descrição da Foto: Um grupo de educadores no fundo de uma quadra aguarda de pé, dois tocam um instrumento enquanto duas participantes caminham sobre uma fita presa no chão em zigue-zague, de olhos vendados. Uma está de pé, outra engatinhando.

Descrição da Foto: Um grupo com mais de 45 participantes, alguns sentados outros de pé, sorriem para a foto.

Curso de Extensão em Pedagogia - Faculdade ASSER.

Fui convidada para ministrar a oficina Dança Educativa e Inclusiva, pela Faculdade Asser de Porto Ferreira/SP, no mês de Setembro. Foi um Curso de Extensão em Pedagogia, com formação em 5 módulos, com professores especialistas em diferentes campos das artes. Fui responsável pelo módulo I. Quero parabenizar a Faculdade Asser por compartilhar cursos em arte e educação inclusiva.   

Descrição da Foto: É um grupo de 13 participantes dançando em círculo, algumas de pé outras sentadas no chão ou em cadeiras.

Descrição da Foto: O grupo de participantes reunidos alguns de pé outros agachados sorridentes para a foto.

Descrição da Imagem: Banner colorido quadrado. Uma foto com uma professora no canto direito, junto com alunos escrevendo em cadernos nas carteiras, sentados em grupo. No fundo uma lousa. No canto esquerdo superior, com fundo azul em branco, logo Faculdades ASSER. No canto esquerdo, em abaixo, em branco, Arte Educação na Escola. No canto superior direito, em branco, Curso de Extensão Pedagogia.

        

•      Dança Educativa e Inclusiva: - Prof.ª Me. Daniela Forchetti
•      Artes Visuais – Prof.ª Me. Marina Mayumi Bartalini 
•      Musicalização (A brincadeira e o fazer musical): - Prof. Me. Rafael Keidi Kashima
•     Teatro na Escola: Transversalidade artístico-pedagógicas – Prof.ª. Me Natalia     Oliveira
•      Contação de história (O contar com objetivo) – Prof.ª Esp. Elenir Regina Cavelani Basílio

Curso Introdução à Audiodescrição nas Artes Cênicas - SESC/ SP.

A partir de experiências práticas, foram sendo introduzidos conceitos sobre audiodescrição voltado para o campo das artes cênicas. No total de 6 encontros, no último tivemos uma apresentação de uma performance, utilizando os recursos de audiodescrição, com a participação especial de Shirlei Caetano, intérprete e consultora surdocega de nosso grupo DiDanDa.

Os encontros ocorreram no SESC Consolação, nos meses de Agosto e Setembro. 

Descrição da Foto: São 10 participantes sentados enfileirados em pares sentados em cadeiras. Um está de olhos fechados tocando no rosto do companheiro da frente.

Descrição da Foto: São quatro participantes sentados em carteiras universitárias na frente de um espelho. Eles se observam e anotam em um papel.

Descrição da Foto: Daniella está abraçada a Shirlei, estão apoiadas em uma bancada, da cintura para cima. Atrás, um grande banner com a foto de ambas para divulgação do curso. Daniella está sentada ao lado de Shirlei em uma arquibancada. Daniella é uma mulher de pele branca, cabelos avermelhados presos com uma faixa vermelha e com corações como trança, está com headset. Usa um vestido listrado colorido e calça azul, descalça. Na mão direita tem um fantoche em formato de cobra, listrado de verde com penugens como cabelo e olhos. Ao lado direito, tocando com a mão esquerda o fantoche está Shirlei, mulher de pele branca, cabelos castanhos escuros presos em rabo-de-cavalo com uma flor. Usa um fone com um aparelho.

I Prêmio Arte e Inclusão.

Hoje é dia de celebrar! Nosso grupo DiDanDa foi um dos selecionados com "I Prêmio Arte e Inclusão", categoria dança. Estaremos apresentando nosso novo projeto na Virada Inclusiva do Estado de São Paulo, em Dezembro. Quero agradecer em nome do grupo ao Memorial da Inclusão pelo apoio e parabenizar os participantes contemplados que se dedicam à divulgação da arte para todos!

Descrição do Banner: Em formato quadrado, com fundo laranja, Virada Inclusiva, em branco, abaixo, participação plena, em laranja. No centro, ícones de três bonecos, na cadeira de rodas, de ponta-cabeça e de bengala, intercalado por mãozinhas. Em volta, em formato meia-lua, ícones dentro de círculos. Abaixo, construções da cidade de São Paulo.

 "I Prêmio Arte e Inclusão" 

Objetivos

I. Premiar grupos, companhias ou artistas com deficiência selecionados pela Comissão de Seleção, por meio de destinação de recursos para que se apresentem na 9ª edição da Virada Inclusiva.

II. Estimular artistas com deficiência, profissionais e amadores, na elaboração e divulgação de seus projetos artísticos.

III. Contribuir para a democratização e ocupação dos espaços públicos por pessoas com deficiência.

Categorias

Artigo 3º - O "I Prêmio Arte e Inclusão" será composto pelas categorias:

I - Dança

II - Música

III - Teatro

Resultado dos contemplados podem ser conferidos através do link:

http://www.abacai.org.br/institucional-home.php?id=704

Movimento na Primeira Infância, Faculdade Teológica, São Paulo.

É com alegria que compartilho mais um encontro do Música e Movimento na Educação Infantil em que eu fiz parte com o curso Movimento na Primera Infância. Aconteceu na Faculdade Teológica em São Paulo,  entre 11 e 13 de Julho/ 2018. 

Quero agradecer à todos os participantes a presença e a alegria de compartilhar nosso conhecimento e histórias.  

Descrição da Foto: Um grupo de quarenta participantes dançam com as mãos nos ombros da pessoas da frente, circulando pela sala grande. 

Descrição da Foto: Daniella dança de costas, com os braços arredondados para cima, apoiada em outra participante. Outras pessoas dançam envolta. Uma grande janela no fundo.

Descrição da Foto: Os participantes dançam com os braços para o alto.

Descrição da Foto: Em uma grande sala, os quarenta participantes estão sentados sobre tatâmes abraçados pelas costas.

Descrição da Foto: São cinco educadores em poses representando a natureza. Seguram galhos, flores, folhas com os braços estendidos em diferentes direções enquanto dançam.

 Descrição da Foto: Uma grande roda com educadores segurando em uma mão um tecido colorido e a outra se movimentando no ar. Dois participantes em lados opostos esticam os braços para o centro da roda. Estão em uma sala de aula com participantes sentados observando.

Descrição da Foto: São nove duplas, entre homens e mulheres que se abraçam pelas costas sentados no chão. Alguns de olhos fechados, outros abertos, com o corpo apoiado na pessoa sentada atrás que o abraça.

Descrição da Foto: Em uma grande sala de aula, um grupo de mais de 40 pessoas posam para foto, alguns de pé outros no chão, aglomerados e sorridentes. Um grande tecido colorido passa por detrás e no meio do grupo. Eu estou ajoelhada, no canto direito acenando com um tecido azul.

Matéria: O Corpo na Arte.

Segue um trecho da matéria realizada pelo jornal O São Paulo, 29 de Junho de 2019, por Nayá Fernandes, à respeito do Corpo na Arte, com artistas com deficiência e, nossa intérprete Shirlei Caetano, do grupo DiDanDa, participação especial de Daniella Forchetti. A matéria completa pode ser conferida pelo site:

http://www.osaopaulo.org.br/noticias/o-corpo-na-arte

"A dança, o teatro e as demais manifestações artísticas, sobretudo aquelas que evidenciam o corpo, são, na maioria das vezes, consideradas inapropriadas para pessoas com alguma deficiência que, aparentemente, as impede de expressarem-se artisticamente. Na maioria das vezes, a atividade é vista mais do ponto de vista terapêutico do que da capacidade artística da pessoa com deficiência.

A dificuldade é vivenciada por muitos artistas, como, por exemplo, Arthur Baldin, 24, formado em Comunicação das Artes do Corpo pela PUC-SP e mestrando pela mesma Universidade. Arthur está realizando uma pesquisa sobre o corpo debilitado no espaço cênico e prepara um monólogo na qual conta e ri da própria história.

Arthur nasceu com anóxia neonatal. Durante um trabalho de parto complicado e demorado, passou por insuficiência respiratória e, além de permanecer na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), teve convulsões no pós- -parto. “Uma amiga da minha mãe sugeriu que ela me batizasse ainda lá na UTI e assim ela fez. Depois disso, eu comecei a me recuperar e no dia seguinte recebi alta do hospital”, contou Arthur, que, como sequelas, ficou com dificuldades na fala e alguns movimentos descoordenados no corpo. 

Shirlei Caetano Pinto Araújo, 65, é dançarina e artista plástica. Natural de Londrina (PR), ela nasceu com a rara síndrome de Usher, doença genética que leva à perda parcial ou completa da visão e da audição. Ela escuta com a ajuda de aparelhos e tem perda total de olfato. Shirlei foi a única que teve consequências entre seis irmãos, e a síndrome se desenvolveu pelo fato de os pais de Shirlei serem primos. 

“Meus pais não perceberam que eu escutava mal e só depois de muitos anos percebi que eu era uma pessoa com deficiência e tinha alguns direitos adquiridos. Trabalhei na banca de jornal do meu pai até me casar e tive com meu esposo um filho”, contou à reportagem do O SÃO PAULO.  

Os médicos fizeram um procedimento cirúrgico que impediu que Shirlei tivesse outros filhos, pois, segundo eles, a gestação acelera sintomas da síndrome. “Eles fizeram a cirurgia praticamente sem o meu consentimento. Meu esposo e eu gostaríamos de ter outros filhos”, afirmou Shirlei, que é viúva e mora com o filho, Willians Pinto Araújo, 29. Há cerca de 10 anos, após recuperar-se de um câncer de mama, ela perdeu também a visão e hoje só consegue diferenciar claros e escuros. 

A DANÇA 

Shirlei foi, por si mesma, descobrindo como tirar o máximo da sua condição. Quando frequentou o Hospital das Clínicas, foi encaminhada para instituições especializadas, em 2002. Desde então, ela realiza atividades de padaria, esculturas em argila e dança. 

“Eu sou católica e faço muitas esculturas marianas, de Nossa Senhora de Fátima, Nossa Senhora de Guadalupe e Auxiliadora, por exemplo. Gosto muito dos trabalhos manuais”, explicou Shirlei, cujas esculturas são vendidas na sede da própria instituição. A dança contemporânea ela começou há 13 anos.  Hoje, participa de um grupo de dança inclusiva que faz apresentações em congressos, durante a Virada Cultural Inclusiva e em outros eventos. 

“Por meio da dança, podemos criar uma ressonância, utilizando a Arte como instrumento de diálogo entre os indivíduos com e sem deficiência, possibilitando a expressão entre corpos diferentes”, afirmou em seu blog Daniella Forchetti, doutoranda pelo Instituto das Artes na Unicamp e especialista em Linguagens das Artes pela USP. Daniella é professora de Shirlei e a acompanha nos projetos e apresentações."

Fotos: Luciney Martins/O SÃO PAULO - Douglas Canjani